domingo, 25 de setembro de 2011

Alix Grès (1903/1993)

Rainha do drapeado, é uma verdadeira escultora de tecidos, em suas mãos as pregas tornam-se arte, diga-se de passagem, nada parecidas com as túnicas do caro estilista Mariano Fortuny. Também teve influência Greco romana. Manteve-se clássica e atemporal. Porém, sua morte em um asilo passou desapercebida por um ano. Acho isso de uma injustiça tremenda com os célebres, bom seria que todos acabassem bem resolvidos pelo seu legado.





Elsa Schiaparelli (1876/1975)

Italiana de alma francesa, é a fusão entre arte e moda, pois contratou artistas plásticos e outros criadores famosos para criarem seus acessórios e tecidos, como, por exemplo, Salvador Dali e Jean Cocteau. Suas criações tiveram influência do cubismo e surrealismo e também da moda egípcia. Antinazista, se opunha à Chanel, suas roupas, acessórios e chapéus eram para impressionar, uma provocação! Criou um tom de rosa shocking, que até hoje conhecemos como:” rosa choque”. nome, posteriormente, do seu perfume. Inovou com o zíper usado na parte externa da roupa, o crepe de seda e o celafone. Suas obras eram de luxo e excentricidade. colaborando assim para a história da moda. Magnífica!




Gabrielle Chanel(1883/1971)

Mãe do pretinho básico, de um estilo que não sai de moda, dona do perfume chanel nº 5, o perfume mais vendido no mundo, no filme, “Coco Chanel”, mostra uma frieza calculada para os negócios e nenhuma sensibilidade amorosa. Sua vida é um meteoro, de órfã à grande estilista do séc. XX, para todos os séculos é considerada um mito na história da moda, hoje tem sua reputação questionada em sua mais recente biografia “Sleeping with the enemy: coco chanel’s secret war” (dormindo com o inimigo: a guerra secreta de Coco Chanel), autoria do jornalista Hal Vaughan. O que explica como se sobressaiu brilhantemente e manteve-se intacta, enquanto outros grandes talentos igualáveis da moda se ofuscaram neste período de guerra. “De mito a espiã nazista” os fins justificam os meios? Ou não importa? Para os amantes da moda o que vale é seu talento. As criações são maiores que seus criadores.




Estilistas da Década de 30

A década de 30 é marcada pela crise econômica de 1929 e a moda, como dito, sofre essas influências, as roupas têm mais discrição e os tecidos usados são mais simples, como o algodão e a casimira. As saias ficam mais longas e os cabelos mais compridos. Os vestidos de noite tinham grandes decotes nas costas, que, acredita-se, tiveram influência dos trajes de banho da época e as saias pelo corte em viés criado pela Madeleine Vionnet.


Jean Patou (1880 /1936)

Não se contentando com uma única década no "glitter", ainda apareceu para dar o ar da sua graça, nesta década de 20, com novos modelos para concorrer com a sua rival, Chanel.





sábado, 24 de setembro de 2011

Madeleine vionnet( 1876/1975)

Estudando história da moda, certamente nos depararemos com Vionnet, particularmente, com seu estilo, sem mudanças sazonais e em busca do equilíbrio perfeito, inspirada na Grécia, usando a moulage, pra não falar do drapeado e caimento dos tecidos; encontrei semelhanças profundas entre ela e Grès, esta última certamente deve ter se espelhado nela, já que Vionnet é mais velha. Se, já sou fã de Grès, o que não dizer de sua provável musa inspiradora! Teve exposição em sua homenagem ainda esse ano em Paris, assim como Grès (se pudesse, tinha me transportado para lá pra conferir de perto. Imperdível! Não deve ter sido só coincidências, já que não foi à toa que ambas cruzaram o tapete da fama!





Estilistas da Década de 20

Em todos os tempos a moda é influenciada pelos fatos históricos, pela arte, pela música e na década de 20 a música era o jazz e a dança é o chaleston. Durante a guerra, a maioria das mulheres, deixa os seus lares e assumem cargos, antes ocupados, pelos homens, neste período de pós guerra, quando os seus maridos voltam para casa, a mulher assume um papel de maior liberdade na sociedade e há reflexos grandes na moda da época, livres dos espartilhos, com as saias mais curtas, usando maquiagem, sofreram influências das atrizes de Hollywood. Os acessórios eram as meias em tons cor de pele e os chapéus no estilo “Cloche”, usados apenas durante o dia.

Edward Molyneux (1871 /1949)

Um escocês dedicado a alta costura, já fica a deixa, será! Aí ficou conhecido quando fez o vestido de noiva da princesa Marina da Grécia. Desde então, bola pra frente, fez vestidos de noite inspirados no estilo império. E para as roupas de dia, inventou o casaco a três quartos, vestia nobres e estrelas de cinema com seu estilo de roupas práticas e elegantes. Exemplos dos correspondentes casacos a três quartos se repetiram no desfile de Max Mara, primavera 2009. Super atual!









Jeanne Paquim (1869/1936)

Olha aí! Meio xará de Lanvin, no nome e na profissão. Ela é quem lança primeiro o look império. Astuta como era, promovia seus modelos em Óperas, dias de Grand Prix e realizava shows de moda reais com seus novos modelos. Destacava-se por seus modelos de noite românticos, com sobreposições de pele ou renda e não escapou da influência oriental. era ou não era notável? Uma verdadeira empreendedora! kkkkkkkkkk... ( momento de descontração).







Jeanne Lanvin (1847/1946)

Gente do céu! Eu não sei se vocês já perceberam, mas eu não sei o que tem os estilistas a serem pouco sociáveis e ela não era exceção. É como se os gênios tivessem que se isolar sempre em um mundo incrível, que só poucos mortais vêem. Bom! O fato é que ela tornou-se aos poucos uma estilista para toda família, desde as crianças, inclusive, lançou a 1ª coleção infantil da época, passando pelos jovens e fechando com os adultos. Sempre tendo a filha como inspiração e não para por aí! Teve seu próprio azul, “azul lanvin”. Fez moda e mudou a maneira de vestir da sociedade. Fantástica, não?!






Jean Patou (1880 /1936)

Adivinha! Francês, destacou-se bem na linha de roupas esportivas, suas roupas de banho revolucionaram a moda praia. Fez coleções inteiras para uma estrela do tênis da época. Atrizes famosas passaram por suas criações, teve sucesso também com seus perfumes. O que é mais legal, é que podemos fazer correlações de suas criações com a época atual. Veja as saias usadas pela tenista Suzanne Lenglen, idealizadas por Patou e a coleção de Yves Saint Lourent, em desfile de inverno da Semana da Moda de Milão, em 2009. Há muitas semelhanças.




Jackes Doucet (1853 / 1929)

Vestia damas da alta sociedade francesa e notáveis atrizes da época. Inspirava-se nas luxuosas pinturas dos Séculos XVII e XVIII. É considerado um dos costureiros mais respeitados do Século XIX. Talvez pelo perfeito acabamento que dava a todas as roupas que criava. Dava seu total apoio à arte, era um visionário!Um mestre!










Mariano Fortuny (1871 /1949)

Era considerado multiartista, teve sua residência transformada em museu. Experimentou novas técnicas de plissados, estamparia, desenho e tramas em sedas e veludos. Influenciou a época com suas túnicas plissadas (aquelas lá que comentei anteriormente, em estilo greco-romano. Achei horrorosas!) agora sua Famosa luminária em formato de guarda-chuva, é outra coisa! Tornou-se objeto de desejo dos descolados.








Paul Poiret (1879/ 1944)

Queridos, sua estética era simples, vestidos retos com cintura baixa ou abaixo dos seios, que acabaram se tornando sua marca - identidade visual. Introduziu a estampa nos tecidos com projetos do pintor Raoul Dufy. Teve influência de motivos orientais em suas criações. Filho de comerciantes de tecidos cresceu entre sedas, criando vestidos que libertavam as mulheres da prisão dos espartilhos, entretanto criou a saia entravée, que ia até abaixo das canelas. Libertou a parte de cima das mulheres, mas amarrou a suas pernas.! Não se pode ter tudo...




Estilistas 1900 a 1919

Falaremos agora, sobre os estilistas bafo que marcaram o período entre 1900 a 1919.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Nosso blog

Gente, assim como na vida, na moda, encontramos afinidades e inspiração em tempos e pessoas de épocas longínquas. Podemos fazer constatações de pitadas de irreverência, criatividade, sensualidade, modernidade, entre muitas outras características, em tempos bem distantes do nosso.
Assim nos reconhecemos em roupagens de outros como se fossem a continuidade de nossa pele, assim também as usamos, quando queremos vestir máscaras que nos escondam e ocultem a nossa verdade. Tudo isso faz muito sentido quando, através da moda, queremos ser amados, desejamos ser queridos, aceitos. E nesta aceitação – existe o conceito de pertença, que é ser de alguém ou de algum grupo. A moda fica menos superficial, quando mostra, por detrás de sua roupagem, o aspecto real de seu existir – simplesmente, não andamos nus ou fardados com a mesma roupagem, porque somos diversos, porque queremos mostrar externamente, o que há ou não, internamente, como já dissemos.
Semelhante ao que pensamos é a idéia de Alain de Botton, no livro A Arquitetura da Felicidade, no que concerne à arquitetura: “Podemos de vez em quando, e com sentimento de culpa, sentir o desejo de criar uma casa para nos vangloriarmos diante dos outros. Mas somente se a parte mais verdadeira de nós mesmos for egomaníaca é que a urgência de construir será dominada pela necessidade de se mostrar. Pelo contrário, na sua forma mais autêntica, o impulso arquitetônico parece associado a um desejo de comunicação e comemoração, uma ânsia de nos declararmos ao mundo por meio de um registro não verbal, por intermédio da linguagem dos objetos, cores e tijolos: uma ambição de deixar que os outros saibam quem somos – e, nesse processo, lembrar de nós mesmos.
Então, a moda nos rotula! Deixamos que ela mostre, exatamente o que desejamos.
Em pesquisa sobre estilistas de várias décadas, deparamo-nos com diversas personalidades criativas, que vestiram mulheres da alta sociedade, atrizes, bailarinos e influenciaram pessoas até os dias atuais.